APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA
O que é "Apraxia de Fala na Infância" (AFI) (CAS)?
A Associação Americana de Fonoaudiologia (ASHA) recomenda o termo Apraxia
de Fala na Infância para o “Distúrbio neurológico motor da fala na
infância, resultante de um décit na consistência e precisão dos
movimentos necessários à fala, na ausência de décits neuromusculares
(por exemplo, reflexos anormais, tônus alterado).
Pode ocorrer como resultado de impedimento neurológico de origem
conhecida, associada a desordens neuro desenvolvimentais complexas de
etiologia conhecida ou não, ou como um distúrbio neurogênico idiopático
da produção dos sons da fala (sem causa definida).
Na Apraxia ocorre um déficit no planejamento e/ou programação dos
parâmetros espaço-temporais das sequências de movimentos e que resultam
em erros na produção da fala e prosódia”.
Quem pode diagnosticar a Apraxia de Fala?
O Fonoaudiólogo capacitado e com experiência em transtornos de fala e de
linguagem, incluindo os distúrbios motores de fala é o profissional
indicado para avaliar, diagnosticar e determinar o plano de tratamento
na Apraxia de Fala na Infância.
Quais são as principais características da apraxia da fala?
- Pobre repertório de vogais, erros com as vogais;
- Pobre repertório de consoantes, incluindo as consideradas mais visíveis, como P e M;
- Variabilidade de erros, presença de erros incomuns/idiossincráticos (às vezes, a transcrição da fala é um desafio!);
- Os erros e dificuldade aumentam com o aumento da quantidade de sílabas das palavras;
- Dependendo do grau de severidade, a criança pode produzir o som, sílaba ou palavra-alvo em um contexto, mas é incapaz de produzir o mesmo alvo com precisão em um contexto diferente;
- Mais dificuldade nas tarefas que precisam de controle voluntário, em comparação com as realizadas de forma automática;
- Dificuldade nas tarefas de diadococinesia, ou seja, para alternar com precisão a repetição das mesmas sequencias, como pa/pa/pa ou de sequencias múltiplas, como pa/ta/ka;
- Presença de alterações prosódicas, fala acelerada ou monótona, instável, erros de acentuação, déficit na duração dos sons e pausas entre as sílabas;
- Em algum momento, podem demonstrar “procura” ou “esforço” para realizar as posições articulatórias;
- Podem também apresentar dificuldades na sequência de movimentos orais voluntários (apraxia oral);
- A criança demonstra que fica “perdida”, não sabe como movimentar a boca. Ela tenta falar mas não consegue;
- Os pais percebem uma discrepância entre a compreensão e a produção de fala (por ex. a criança pode compreender bem mas não conseguir produzir a fala).
A apraxia de fala pode co-ocorrer com outras condições?
Sim, a Apraxia pode ser “pura” quando é específica e não está associada a uma outra condição ou então também pode estar associada a outras condições, tais como:
- Transtorno do Espectro Autístico (TEA)
- Síndromes genéticas (como por ex. Síndrome de Down, Síndrome Prader_Willi), etc.
Atenção! Os Fonoaudiólogos precisam considerar que outros transtornos
que afetam a aquisição dos sons podem também compartilhar algumas
características que estão nesta lista.
Um diagnóstico específico e sensível é muito importante. Atenção aos diagnósticos diferenciais.
Como proceder?
- Procure um Fonoaudiólogo que tenha experiência com crianças, que trabalhe com desenvolvimento de fala e de linguagem, e que seja capacitado para um diagnóstico e elaboração de um plano de intervenção adequado;
- Considerar a necessidade de acompanhamentos complementares como Terapeutas Ocupacionais, Psicomotricistas, Fisioterapeutas, Psicólogos, entre outros. Algumas crianças precisarão apenas do atendimento fonoaudiólogo e outras precisarão também de outras terapias;
- Busque formas de comunicação complementar e/ou alternativa enquanto a criança está aprendendo a falar claramente. Precisamos encontrar uma forma de a criança se expressar enquanto a fala não se estabelece. Lembrando que estes meios não inibirão o desenvolvimento da fala da criança (esse é um receio para os pais!);
- Os pais, familiares, amigos e professores devem buscar orientações para que haja adequado suporte às necessidades comunicativas da criança.
Qual a importância da família no processo terapêutico?
A participação
da família no processo terapêutico é fundamental. Um aspecto na
intervenção é o aprendizado motor e para isso, o treino em casa é muito
importante, para que haja a memorização do plano motor e consequente
automatização da fala.
Considerando que a criança passa a maior parte do seu tempo com os
pais, as oportunidades para prática são multiplicadas quando os pais
encorajam e participam do treino em casa. Os pais também poderão
auxiliar o Fonoaudiólogo, compartilhando informações quanto à
personalidade e preferências da criança, tais informações poderão ser
utilizadas como motivadores terapêuticos.
Como a família pode ajudar a criança?
- Entenda e acolha a dificuldade da criança. Ela realmente tem uma dificuldade. Não é preguiça. A criança precisa se sentir acolhida e aceita;
- A criança com Apraxia apresenta uma desorganização. Por isso, cuide do ambiente familiar, organize os brinquedos, estabeleça rotinas, limites e regras em casa. Controle a ansiedade! Não obrigue ou pressione a criança para falar;
- Lembre-se sempre: você quer que a criança tenha atenção aos movimentos da fala e que tente imitá-los. Tente lenticar a fala, sem perder a naturalidade. Falar demais, usando frases longas e falar rápido não ajuda;
- Pegue objetos/brinquedos que a criança goste e ao nomeá-los, segure-os próximo a sua boca. Essa estratégia faz com que a criança direcione o olhar aos movimentos da boca;
- Pistas visuais (movimentação de boca, língua, mandíbula) auxiliam a criança a planejar seus movimentos de fala. Converse, mostre para ela como a boca se movimenta.
- ONDE ENCONTRAR ATENDIMENTO FONOAUDIOLÓGICO PARA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA:
o DISTRITO FEDERAL – BRASÍLIA – ÁGUAS CLARAS
Fga. Danielle Gregório – CRFa.5: 13000
Você pode agendar sua consulta
pelo telefone:
(61)99660-4202
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FONTE: ABRAPRAXIA - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA www.apraxiabrasil.org
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