sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA - TIRE SUAS DÚVIDAS!

APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA

O que é "Apraxia de Fala na Infância" (AFI) (CAS)?

          A Associação Americana de Fonoaudiologia (ASHA) recomenda o termo Apraxia de Fala na Infância para o “Distúrbio neurológico motor da fala na infância, resultante de um dé­cit na consistência e precisão dos movimentos necessários à fala, na ausência de dé­cits neuromusculares (por exemplo, reflexos anormais, tônus alterado).

          Pode ocorrer como resultado de impedimento neurológico de origem conhecida, associada a desordens neuro desenvolvimentais complexas de etiologia conhecida ou não, ou como um distúrbio neurogênico idiopático da produção dos sons da fala (sem causa de­finida).

          Na Apraxia ocorre um défi­cit no planejamento e/ou programação dos parâmetros espaço-temporais das sequências de movimentos e que resultam em erros na produção da fala e prosódia”.

 Quem pode diagnosticar a Apraxia de Fala?

          O Fonoaudiólogo capacitado e com experiência em transtornos de fala e de linguagem, incluindo os distúrbios motores de fala é o pro­fissional indicado para avaliar, diagnosticar e determinar o plano de tratamento na Apraxia de Fala na Infância.

Quais são as principais características da apraxia da fala?

  • Pobre repertório de vogais, erros com as vogais;
  • Pobre repertório de consoantes, incluindo as consideradas mais visíveis, como P e M;
  • Variabilidade de erros, presença de erros incomuns/idiossincráticos (às vezes, a transcrição da fala é um desafi­o!);
  • Os erros e dificuldade aumentam com o aumento da quantidade de sílabas das palavras;
  • Dependendo do grau de severidade, a criança pode produzir o som, sílaba ou palavra-alvo em um contexto, mas é incapaz de produzir o mesmo alvo com precisão em um contexto diferente;
  • Mais di­ficuldade nas tarefas que precisam de controle voluntário, em comparação com as realizadas de forma automática;
  • Di­ficuldade nas tarefas de diadococinesia, ou seja, para alternar com precisão a repetição das mesmas sequencias, como pa/pa/pa ou de sequencias múltiplas, como pa/ta/ka;
  • Presença de alterações prosódicas, fala acelerada ou monótona, instável, erros de acentuação, défi­cit na duração dos sons e pausas entre as sílabas;
  • Em algum momento, podem demonstrar “procura” ou “esforço” para realizar as posições articulatórias;
  • Podem também apresentar di­ficuldades na sequência de movimentos orais voluntários (apraxia oral);
  • A criança demonstra que ­fica “perdida”, não sabe como movimentar a boca. Ela tenta falar mas não consegue;
  • Os pais percebem uma discrepância entre a compreensão e a produção de fala (por ex. a criança pode compreender bem mas não conseguir produzir a fala).

A apraxia de fala pode co-ocorrer com outras condições?

          Sim, a Apraxia pode ser “pura” quando é especí­fica e não está associada a uma outra condição ou então também pode estar associada a outras condições, tais como:
  • Transtorno do Espectro Autístico (TEA)
  • Síndromes genéticas (como por ex. Síndrome de Down, Síndrome Prader_Willi), etc.
          Atenção! Os Fonoaudiólogos precisam considerar que outros transtornos que afetam a aquisição dos sons podem também compartilhar algumas características que estão nesta lista.
Um diagnóstico especí­fico e sensível é muito importante. Atenção aos diagnósticos diferenciais.

 Como proceder?

  • Procure um Fonoaudiólogo que tenha experiência com crianças, que trabalhe com desenvolvimento de fala e de linguagem, e que seja capacitado para um diagnóstico e elaboração de um plano de intervenção adequado;
  • Considerar a necessidade de acompanhamentos complementares como Terapeutas Ocupacionais, Psicomotricistas, Fisioterapeutas, Psicólogos, entre outros. Algumas crianças precisarão apenas do atendimento fonoaudiólogo e outras precisarão também de outras terapias;
  • Busque formas de comunicação complementar e/ou alternativa enquanto a criança está aprendendo a falar claramente. Precisamos encontrar uma forma de a criança se expressar enquanto a fala não se estabelece. Lembrando que estes meios não inibirão o desenvolvimento da fala da criança (esse é um receio para os pais!);
  • Os pais, familiares, amigos e professores devem buscar orientações para que haja adequado suporte às necessidades comunicativas da criança.

Qual a importância da família no processo terapêutico?

          A participação da família no processo terapêutico é fundamental. Um aspecto na intervenção é o aprendizado motor e para isso, o treino em casa é muito importante, para que haja a memorização do plano motor e consequente automatização da fala.
          Considerando que a criança passa a maior parte do seu tempo com os pais, as oportunidades para prática são multiplicadas quando os pais encorajam e participam do treino em casa. Os pais também poderão auxiliar o Fonoaudiólogo, compartilhando informações quanto à personalidade e preferências da criança, tais informações poderão ser utilizadas como motivadores terapêuticos.

 Como a família pode ajudar a criança?

  • Entenda e acolha a dificuldade da criança. Ela realmente tem uma di­ficuldade. Não é preguiça. A criança precisa se sentir acolhida e aceita;
  • A criança com Apraxia apresenta uma desorganização. Por isso, cuide do ambiente familiar, organize os brinquedos, estabeleça rotinas, limites e regras em casa. Controle a ansiedade! Não obrigue ou pressione a criança para falar;
  • Lembre-se sempre: você quer que a criança tenha atenção aos movimentos da fala e que tente imitá-los. Tente lenti­car a fala, sem perder a naturalidade. Falar demais, usando frases longas e falar rápido não ajuda;
  • Pegue objetos/brinquedos que a criança goste e ao nomeá-los, segure-os próximo a sua boca. Essa estratégia faz com que a criança direcione o olhar aos movimentos da boca;
  • Pistas visuais (movimentação de boca, língua, mandíbula) auxiliam a criança a planejar seus movimentos de fala. Converse, mostre para ela como a boca se movimenta.
  • ONDE ENCONTRAR ATENDIMENTO FONOAUDIOLÓGICO PARA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA:
o   DISTRITO FEDERAL – BRASÍLIA – ÁGUAS CLARAS
Fga. Danielle Gregório – CRFa.5: 13000

Você pode agendar sua consulta pelo telefone:
(61)99660-4202
Particular e planos de saúde




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FONTE: ABRAPRAXIA -  ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA www.apraxiabrasil.org



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