A classificação
vocal mais comum divide as vozes masculinas e femininas em três grupos cada,
sendo as vozes graves os baixos e contraltos, as médias os barítonos e mezzosopranos e as vozes agudas os tenores e sopranos, respectivamente.
Outras classificações mais específicas dividem ainda cada um dos grupos em um
ou mais subgrupos, como no caso dos tenores 1 e 2 e as sopranos dramáticas,
líricas e ligeiras, por exemplo. Muitos coros optam pela divisão em seis vozes
(onde são chamadas de naipes), mas
não menos frequentemente eles são divididos em quatro, desconsiderando-se as
vozes ditas como médias (mezzosopranos e barítonos).
Várias são as
maneiras de se classificar uma voz e, paradoxalmente, as que são consideradas
mais prudentes não levam em conta apenas a extensão/tessitura vocal – que é o
modo mais comum de realizá-las. Outras maneiras consideram também a extensão, a
qualidade e a potência, além do volume dos ressoadores, notas de passagem
(acomodação dos ressoadores, corte entre dois “registros” – passagem do
predomínio de um grupo muscular para outro), tamanho das pregas vocais,
estatura, constituição física, altura da voz falada, características
temperamentais, endócrinas e sexuais (PERELLÓ, 1975).
Podemos
concluir, portanto, que a tarefa de classificar uma voz não deve ser apressada,
devendo ocorrer após pelo menos alguns meses (muitos profissionais mencionam o
tempo mínimo de um ano) de acompanhamento por um regente ou preparador vocal.
Sem dúvida, a extensão (que vai da nota mais grave à mais aguda que uma pessoa
é capaz de produzir, independentemente da qualidade da emissão) e a tessitura
(faixa de notas emitidas com qualidade, cor e volumes uniformes) são o
parâmetro básico durante a classificação de uma voz e é importante que saibamos
que elas variam com o crescimento (aumentam) e durante a velhice (diminuem),
além do que devem ser consideradas variações individuais como treino, modo de
fonação e estrutura anatômica (CAMPIOTO, 2008).
A importância
da classificação vocal fica clara quando sabemos que cantar fora de nossa
tessitura é um dos fatores mais prejudiciais para a voz cantada, assim como
desenvolver um repertório excessivamente variado que pressuponha ajustes de
mobilização laríngea, mandibular e lingual, assim como ajustes de foco
ressonantal muito diferentes e, às vezes opostos. Num curto período de tempo.
Os cantores eruditos se encontram em vantagem em relação aos populares, nesse
aspecto, pois costumam optar por repertórios que melhor se adaptam as suas
possibilidades vocais, mas é claro que, isso depende do grau de
profissionalização e nível técnico do cantor.
O fonoaudiólogo que tem habilitação em voz profissional (voz cantada) pode ajudar ao cantor em sua classificação vocal, através da avaliação perceptiva e acústica da voz.
Caso você tenha dúvidas na sua classificação vocal, marque sua consulta através do telefone (61)99660-4202 - Fonoaudióloga Danielle Gregório.
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