Um dos
requisitos para que o fonoaudiólogo possa ser considerado apto para o trabalho
com profissionais da voz cantada, é que o mesmo desenvolva, ao longo de sua
formação e exercício profissional, os conhecimentos teóricos básicos nas áreas
de anatomia e fisiologia vocal; noções de acústica e psicoacústica, de
avaliação otorrinolaringológica do aparelho fonador (trato vocal, laringe);
habilitação em avaliação perceptiva e acústica da voz e do repertório escolhido
pelo cantor.
As bases do
trabalho fonoaudiológico com o profissional da voz seguem as seguintes etapas,
a saber:
·
Anamnese completa;
·
Identificação da queixa da voz falada e/ou voz
cantada;
·
Objetivo do trabalho (reabilitação vocal ou
estética vocal);
·
Encaminhamento ao otorrinolaringologista, para
avaliação detalhada e laudo;
·
Investigação do estilo musical desenvolvido pelo
cantor;
·
Tipo de técnica de canto utilizada (qualificação
técnica);
·
Projetos desenvolvidos (gravações, apresentações) a
médio e longo prazo, a fim de organizar as prioridades e metas a serem
cumpridas;
·
Agenda e rotina do cantor;
·
Exame clínico (voz falada e cantada);
·
Terapia e desenvolvimento vocal.
Após a
investigação e exame clínico, o fonoaudiólogo pode traçar as metas a serem
desenvolvidas, ou seja, a terapia propriamente dita.
Nessa fase, o
cantor é orientado sobre fatores prejudiciais e benéficos à voz e ao trato
vocal (também conhecido como higiene vocal); aplicação de exercícios vocais
fisiologicamente mais convenientes para o aquecimento e desaquecimento vocal;
aplicação da técnica vocal (suporte e apoio, modo respiratório, tipo
respiratório, configuração do trato vocal, passagens e registros, efeitos
vocais estilísticos, dicção e pronúncia), exercícios corporais globais;
exercícios miofuncionais, orientação quanto ao número de apresentações e
duração das mesmas e a preparação do repertório musical.
De modo geral,
a terapia fonoaudiológica é dita como aquela que irá buscar “a melhor emissão
com o menor esforço”, ou aquela que irá propiciar uma utilização
fisiologicamente compatível do trato vocal e da laringe, e poderia ser dividida,
resumidamente, em exercícios corporais
globais (visando o desenvolvimento de uma atitude mais relaxada e adaptada
ao espaço físico ao redor, além de uma melhor expressão corporal durante o
canto); exercícios de segmentos corporais
específicos como: mandíbula, língua,
pescoço, ombros ou tórax, de acordo com a necessidade observada durante a
avaliação (visando o desenvolvimento da propriocepção em relação às estruturas
anatômicas responsáveis pela produção e amplificação dos sons, quanto ao tônus,
postura e possibilidade de mobilidade, assim como a repercussão na qualidade
sonora com a modificação das mesmas); respiração
(visando uma movimentação plena e controlada, jamais tensa, dos músculos
intercostais, abdominais e diafragma); exercícios
de apoio e exercícios técnicos (vocalizes escolhidas segundo a necessidade
de atuação sobre as áreas mais prejudicadas: articulação, extensão,
ressonância, etc.)
Finalizando,
podemos dizer que é da competência do fonoaudiólogo o estudo do comportamento
vocal da voz falada e cantada, analisar as reais limitações funcionais que os
achados otorrinolaringológicos geram e compreender as alterações acústico-funcionais
relacionadas às ricas informações do professor de canto. O fonoaudiólogo tem,
ainda, a tarefa de buscar soluções a curto prazo, dentro da rotina do cantor,
das suas necessidades, na tentativa de preservar a saúde vocal do mesmo.
Se você é
cantor amador ou profissional e deseja conhecer o meu como
VOCAL COACH, entre em contato comigo através do telefone (61)99660-4202 –
Fonoaudióloga Danielle Gregório.
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