terça-feira, 20 de setembro de 2016

ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NO TRABALHO COM CANTORES




Um dos requisitos para que o fonoaudiólogo possa ser considerado apto para o trabalho com profissionais da voz cantada, é que o mesmo desenvolva, ao longo de sua formação e exercício profissional, os conhecimentos teóricos básicos nas áreas de anatomia e fisiologia vocal; noções de acústica e psicoacústica, de avaliação otorrinolaringológica do aparelho fonador (trato vocal, laringe); habilitação em avaliação perceptiva e acústica da voz e do repertório escolhido pelo cantor.

As bases do trabalho fonoaudiológico com o profissional da voz seguem as seguintes etapas, a saber:

·       Anamnese completa;
·       Identificação da queixa da voz falada e/ou voz cantada;
·       Objetivo do trabalho (reabilitação vocal ou estética vocal);
·       Encaminhamento ao otorrinolaringologista, para avaliação detalhada e laudo;
·       Investigação do estilo musical desenvolvido pelo cantor;
·       Tipo de técnica de canto utilizada (qualificação técnica);
·       Projetos desenvolvidos (gravações, apresentações) a médio e longo prazo, a fim de organizar as prioridades e metas a serem cumpridas;
·       Agenda e rotina do cantor;
·       Exame clínico (voz falada e cantada);
·       Terapia e desenvolvimento vocal.


Após a investigação e exame clínico, o fonoaudiólogo pode traçar as metas a serem desenvolvidas, ou seja, a terapia propriamente dita.
Nessa fase, o cantor é orientado sobre fatores prejudiciais e benéficos à voz e ao trato vocal (também conhecido como higiene vocal); aplicação de exercícios vocais fisiologicamente mais convenientes para o aquecimento e desaquecimento vocal; aplicação da técnica vocal (suporte e apoio, modo respiratório, tipo respiratório, configuração do trato vocal, passagens e registros, efeitos vocais estilísticos, dicção e pronúncia), exercícios corporais globais; exercícios miofuncionais, orientação quanto ao número de apresentações e duração das mesmas e a preparação do repertório musical.
De modo geral, a terapia fonoaudiológica é dita como aquela que irá buscar “a melhor emissão com o menor esforço”, ou aquela que irá propiciar uma utilização fisiologicamente compatível do trato vocal e da laringe, e poderia ser dividida, resumidamente, em exercícios corporais globais (visando o desenvolvimento de uma atitude mais relaxada e adaptada ao espaço físico ao redor, além de uma melhor expressão corporal durante o canto); exercícios de segmentos corporais específicos  como: mandíbula, língua, pescoço, ombros ou tórax, de acordo com a necessidade observada durante a avaliação (visando o desenvolvimento da propriocepção em relação às estruturas anatômicas responsáveis pela produção e amplificação dos sons, quanto ao tônus, postura e possibilidade de mobilidade, assim como a repercussão na qualidade sonora com a modificação das mesmas); respiração (visando uma movimentação plena e controlada, jamais tensa, dos músculos intercostais, abdominais e diafragma); exercícios de apoio e exercícios técnicos (vocalizes escolhidas segundo a necessidade de atuação sobre as áreas mais prejudicadas: articulação, extensão, ressonância, etc.)


Finalizando, podemos dizer que é da competência do fonoaudiólogo o estudo do comportamento vocal da voz falada e cantada, analisar as reais limitações funcionais que os achados otorrinolaringológicos geram e compreender as alterações acústico-funcionais relacionadas às ricas informações do professor de canto. O fonoaudiólogo tem, ainda, a tarefa de buscar soluções a curto prazo, dentro da rotina do cantor, das suas necessidades, na tentativa de preservar a saúde vocal do mesmo.

Se você é cantor amador ou profissional e deseja conhecer o meu como VOCAL COACH, entre em contato comigo através do telefone (61)99660-4202 – Fonoaudióloga Danielle Gregório.


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