segunda-feira, 8 de agosto de 2016

PRESBIACUSIA: VOCÊ SABE O QUE É?



A Presbiacusia



           Com o avançar da idade, todas as pessoas apresentam um processo natural de envelhecimento multissistêmico que envolve o aparelho auditivo, em suas vias periféricas e centrais. A deficiência auditiva pode ficar mais evidente após os 65 anos de idade, e é conhecida como presbiacusia. Em alguns indivíduos, por ação de agentes agravantes como a exposição a ruídos, diabetes, uso de medicação tóxica para os ouvidos ou herança genética, a diminuição da acuidade auditiva na terceira idade torna-se extremamente comprometedora, interferindo diretamente na sua qualidade de vida.

           A presbiacusia é, portanto o envelhecimento natural do ouvido humano simplesmente como somatório de alterações degenerativas de todo o nosso organismo. Atinge, inicialmente, as freqüências altas (os sons agudos), progredindo a seguir para as freqüências relacionadas à fala humana, afetando significativamente a sua compreensão. 

          “Assim como há o envelhecimento da visão, e a pessoa passa a ver menos, com a idade ela também passa a ouvir menos. E como é natural usarmos óculos para poder amplificar as imagens, também deveríamos usar os aparelhos de amplificação sonora (AAS), também chamados de próteses auditivas, ou outros equipamentos auxiliares para a audição, sem nenhum preconceito, como forma de minimizar os efeitos negativos da deficiência auditiva que tanto aflige as pessoas”, afirma Dr. Oswaldo Laércio Cruz, coordenador da Campanha Nacional da Saúde Auditiva.



          De todas as privações sensoriais que afetam o idoso, a incapacidade de comunicar-se com os outros devido à perda da audição pode ser uma das conseqüências mais frustrantes, produzindo um impacto profundo e devastador em sua qualidade de vida.

         “Idosos portadores de presbiacusia experimentam uma diminuição da sensibilidade auditiva e uma redução na inteligibilidade da fala, o que vem a comprometer seriamente o seu processo de comunicação verbal. A perda auditiva em altas freqüências (agudos) torna a percepção das consoantes mais difícil, especialmente quando a comunicação ocorre em ambientes ruidosos. Freqüentemente, respostas inadequadas de indivíduos idosos presbiacúsicos geram uma imagem de senilidade, a qual pode não condizer com a realidade. A queixa típica destes indivíduos é a de ouvirem, mas não entenderem o que lhes é dito”, explica Dr. Luiz Carlos. Além do mais, a audição é imprescindível como mecanismo de alerta e defesa, permitindo a localização da fonte sonora à distância e a reação a ruídos que representam perigo”, complementa o otorrinolaringologista.



Podemos resumir as implicações da deficiência auditiva no idoso, destacando:


 
-Redução na percepção da fala em várias situações e ambientes acústicos. Piora em ambientes ruidosos.

-O idoso muitas vezes ouve o que a pessoa está falando, mas não entende.

-Alterações psicológicas: depressão, embaraço, frustração, raiva e medo, causados por incapacidade pessoal de comunicar-se com os outros.

-Isolamento social: a interação com família, amigos e comunidade fica seriamente afetada.

-Incapacidade auditiva: igrejas, teatro, cinema, rádio e TV.

-Intolerância (irritação) a sons de moderada à alta intensidade (principalmente os agudos). Se a pessoa fala baixo o idoso não ouve, se ela grita o incomoda.
-Problemas de alerta e defesa: incapacidade para ouvir pessoas e veículos aproximando-se, panelas fervendo, alarmes, telefone, campainha da porta, anúncios de emergências em rádio e televisão.


 

 




 

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